Este Blog conterá a história de minha família, bem como narrações de fatos pitorescos e interessantes ocorridos pelas gerações. Famílias: Addeu e Miorin (famílias ascendentes: Addeo, Naddeo, Nadeu, Sabbeta, Corsini, Bacete, Doratiotto, Visentin, Gaeta, e outras). Acima estão as montanhas de pedras brancas dolomíticas. Maravilha do norte da Itália. Se quiser falar comigo, abaixo das postagens, clique em comentário e deixe sua mensagem.

terça-feira, 31 de julho de 2012

sábado, 28 de julho de 2012

Familia Naddeo ou apenas Nadeo

Depois de ter escrito sobre a Calábria e Nápoles, e depois de explicar a origem mais remota dos “Naddeo” e dos “Addeo” (ramos do tronco Donaddeo), cabe agora me deter na história mais recente, ou seja, no século XIX.

Vindos da Calábria, não se sabe com exatidão o período, mas presume-se que tenha sido no século XIX, em períodos diferentes, os dois ramos do tronco Donaddeo, migraram para Nápoles, por ser melhor a condição de vida nas províncias mais próximas do Rei. Quanto ao ramo dos “Naddeo”, apesar de espalharem-se por todos os arredores da grande Nápoles, um número considerável se estabeleceu na comuna de San Cipriano Picentino e outro grande grupo se estabeleceu na comuna de Pellezzano, ambas comunas da Província de Salerno, do Grande Reino de Nápoles. E era lá, em Pellezzano, que moravam Eráchio Naddeo e Gaetana Gaeta.

Cabe duas observações: 1) Eráchio que depois ficou sendo Erráquillo ou Eráquilo  é nome grego, e o sobrenome Naddeo veio da Calábria – antiga cidade grega na Itália. Pode se presumir que há muitos séculos e séculos atrás, tenham se originado da mistura entre gregos, romanos e bizantinos. 2) Gaeta é o nome de uma cidade, mas já foi um Ducado em outras épocas (pertencente à hierárquica nobiliárquica de Nápoles). Quem nasce em Gaeta era Gaetano ou Gaetana. Curioso esse nome ser formado dessa forma: Gaetana Gaeta. Aqui no Brasil, Gaetano passou a ser chamado de Caetano.

Uma pequena palavra sobre o Ducado de Gaeta. Era um estado medieval chefiado por um Duque. Tudo começou no século IX, como uma comunidade local e começou a prosperar e a crescer tanto que se transformou num Grande Ducado independente. Quem quiser estudar sobre as famílias oriundas de Gaeta e a história da cidade deve consultar o CAIETANUS CODEX, uma coleção de cartas que preservaram o melhor de sua história com riquezas de detalhes.

Eráquilo Naddeo e Gaetana Gaeta tiveram três filhos nascidos na Itália: VINCENZO NADDEO, ROSINA NADDEO e GIACOMINA  NADDEO, irmãos nascidos na comuna de Pellezzano, Província de Salerno, pertencente à Nápoles, na Região da Campânia. Quando chegaram no Brasil, esses filhos tinham, respectivamente, 12, 9 e 6 anos de idade, desembarcando no porto de Santos em São Paulo. Saíram de Nápoles em 28 de junho de 1898.

Por outro lado, descendente de uma das mais nobres famílias da Província de Florença (Região da Toscana) do século XIV, Alessandro Corsini era da família de Santo André Corsini. Família de Nobres e de Santos. (http://branchedorfamilia.blogspot.com.br/2012/04/avo-materna-de-minha-mae-e-santo-andre.html).

Conhecendo Martina Soave, da Região do Vêneto, resolveram se casar. Do Casamento de Alessandro Corsini e Martina Soave, nasceram vários filhos, e entre eles GIOVANNA CORSINI (CONHECIDA DEPOIS COMO JOANNA CORSINI.)

Esses são meus bisavós, pelo lado materno de minha mãe: Vincenzo Naddeo e Joanna Corsini que se casaram e no Brasil, por uma questão de pronuncia do idioma italiano, já se falava em Vicente Nadeu (ao invés de Vincenzo Naddeo) e Joanna Cuccini (ao invés de Giovanna ou Joanna Corsini). Pela diferença de idioma entre a Itália e o Brasil, os documentos mais antigos constam o nome original, mas os documentos recentes já constam escrito incorretamente, como se pronuncia.

A irmã de Vincenzo Naddeo, Jacomina Naddeo (o correto era, Giacomina Naddeo), que se estabeleceu em Potirendaba - uma cidade do interior do Estado de São Paulo, casou-se e teve cinco filhos: Orlando, Anna, Benvinda, Mafalda e Odília. De sua filha Anna, nasceram dois primos: um é médico; o outro, um estudioso e grande professor universitário. Não menciono os nomes deles  para respeitar a privacidade da família. Mas fica aqui consignado minha admiração por esses primos distantes. Uma prima,   chamada Neyde Nadeu, que conviveu toda sua juventude com a Tia Jacomina em Potirendaba, lembrou que além dos dois irmãos, a Tia Jacomina tinha também uma filha chamada Romilda, que faleceu mais ou menos com 30 anos de idade, e que apesar da diferença de idade eram grandes amigas (a Neyde e a Romilda).

Vicente Nadeu e Joanna tiveram vários filhos: Rosa (minha avó), Ana, Eráquilo (conhecido como Roque), Antonieta e Mário (o primeiro da direita na foto acima). Seus descendentes, meus primos e primas, são pessoas extraordinárias.

Vou parar por aqui, pela publicidade que a internet tem. No livro coloco os demais descendentes até seus bisnetos. Os detalhes mais ricos e bonitos dessa grande família, somente serão escritos no livro. Peço aos vários primos e primas, que continuem registrando os nascimentos e os feitos de nossa família. Um dia essas lembranças serão de grande importância. Saberão que a grandeza de uma pessoa ou de uma família, não é aquela que somente a mídia divulga ou realça. Há muito mais de riqueza histórica em famílias e pessoas ainda desconhecidas, do que as que a mídia transmite pelo seu interesse.

Explicação das fotos: 1) Vicente Nadeo (Vincenzo Naddeo); 2) Da esquerda para direita: Vicente Nadeo (Vincenzo Naddeo), Joanna Cuccini (Giovanna Corsini) e Mário Nadeu, filho do primeiro casal; 3) Vicente Nadeo já idoso.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Finocchio, uma delícia


Minha avó materna Rosa Nadeu e minha Mãe, sempre compravam Finocchio na feira. Na época, os feirantes entendiam o que essa palavra queria dizer, pois alguns deles eram italianos ou descendentes. Eu também gosto muito de finocchio (se pronuncia: finóquio), refrescante e de sabor especial. Encontrei uma noticia interessante, que transcrevo aqui, indicando no final, os devidos créditos:

Das coisas que os italianos adoram – Finocchio

Há certos ingredientes que não faltam na cozinha de um italiano. Sempre haverá, por exemplo, azeite de oliva, ervas frescas, tomate, alho e pimenta. Bem, esses itens deveriam morar em toda cozinha de quem gosta de comer bem.

Mas há outros que surpreendem quem foi criado no país do arroz e feijão. Um deles é o funcho, também chamado de erva-doce. Finocchio, em bom italiano. A hortaliça está longe de ser uma raridade por aqui, mas na Itália ela é consumida com mais naturalidade. E não estamos falando só das folhas.

Lá, utiliza-se muito o bulbo da planta cru em saladas ou como ingrediente de assados. O funcho é extremamente aromático e as camadas sobrepostas do bulbo têm uma textura crocante. O sabor, refrescante, é bem parecido ao das balas de funcho vendidas em potinho (lembrou?).

Existe inclusive um salame produzido na região da Toscana que se chama finocchiona, temperado com as sementes de funcho. Diz a lenda que o embutido foi criado na cidade de Siena na época em que a vizinha Florença monopolizava o comércio das especiarias. Para não comprar os produtos dos rivais, substituíram as pimentas por algo mais acessível. A rivalidade não existe mais, mas a finocchiona virou produto típico.

Artigo escrito pela jornalista Mariana Furlan para o Blog dedo de moça.
http://wp.clicrbs.com.br/dedodemoca/2010/07/20/das-coisas-que-os-italianos-adoram-finocchio/

A jornalista Mariana Furlan, editora assistente do caderno de Gastronomia do Jornal de Santa Catarina, estende para o mundo virtual as dicas, receitas e novidades da coluna Dedo de Moça. Mesmo sendo uma aprendiz na cozinha, ela não troca um bom jantar por programa nenhum do mundo.

Addeo, Addeu, Naddeo, Nadeo, Nadeu em Nápoles e Salerno

Seguindo o mesmo assunto de postagens anteriores, relembro que sul da Itália era um agrupamento de cidades gregas. O nome da península: Itália, teve sua origem no nome do antigo Rei da Calábria: Ítalo. Os romanos guerreavam contra os gregos para conquistarem aquela região. Certamente, depois de muitas batalhas os romanos venceram, mas acabaram se mesclando com os outros povos como os gregos, etruscos, árabes, turcos, bizantinos, albaneses entre outros que estiveram no sul e no centro da Itália. O Reino de Nápoles ganhou templos, aquedutos, termas, hipódromos e circos, e converteu-se numa das mais agradáveis cidades da Itália, favorita dos romanos das classes altas. Mas isso foi há muito tempo atrás. Mas de tudo isso restou o italiano moderno que não fala mais o latim, e sim o italiano e os dialetos que permaneceram.

Com a expansão do Cristianismo, a Itália se converteu ao Catolicismo. A antiga cidade grega de Neápolis (traduzindo no grego da época: “nova cidade”) acabou sendo conquistada pelos Romanos, passando pelo domínio Bizantino e depois passou ao Rei da Sicília. Desde a Idade Média era um Reino poderoso e muito rico. No ano de 1224 foi fundada uma universidade muito famosa. Em 1282 passou a ser denominado Reino de Nápoles, onde o Rei dava grandes somas de dinheiro para ajudar as cruzadas.

Chamou-se Nápoles, por que por falarem muito rápido acabaram cortando a letra “e” de Neápolis, restando apenas Nápolis (no dialeto local) ou Nápoles como hoje é conhecida.

Pelos livros e documentos que pesquisei, no final da Idade Média e início da Renascença encontrei um nome interessante Donadeo (segundo o banco de dados de pesquisa Norte Americano).

Mas somente quando li no site americano de genealogia é que tudo ficou esclarecido. O sobrenome Addeu, se originou do sobrenome Addeo, que por sua vez veio do sobrenome DONADEO ou DONADDEO (no seu significado mais remoto: “propriedade de Deus”).

Noutra fonte de pesquisa, consta:

Addeo Family History - Addeo Name Meaning - Southern Italian (Naples and Sicily): from a short form of the personal name Donadeo, meaning ‘dedicated to God’, or perhaps a nickname for someone who habitually used this as a valedictory expression. (Dictionary of American Family Names, Oxford University Press, ISBN 0-19-508137-4)
http://www.ancestry.com/name-origin?surname=addeo

TRADUÇÃO: Addeo História da Família - Addeo Nome Significado - Do sul da Itália (Nápoles e Sicília): a partir de uma forma abreviada do nome pessoal Donadeo, que significa "dedicado a Deus", ou talvez um apelido para alguém que habitualmente usado isso como uma expressão de despedida. (Dicionário de Nomes de família americana, Oxford University Press, ISBN 0-19-508137-4)

Voltando à história: Provavelmente esse nome tenha se originado na Idade Média com o costume de consagração dos filhos a Deus – “conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor (Ex 13,2);” (Evangelho de São Lucas, 2, 23)

Daí o nome “propriedade de Deus” = Donadeo ou do latim antigo Donaddeo.

Mesmo assim, o sobrenome Calabrês (da região medieval da Calábria) originou uma família importante no início do Renascimento, pelo menos é o que consta na história. Desse tronco principal se originaram outros dois grupos familiares grandes: os “Naddeo” e os “Addeo” que se mudaram para mais próximo da grande cidade Nápoles – Sede principal da Monarquia Local. Esses dois grandes grupos se espalharam pelas redondezas de Nápoles.

Os “Addeo” (o lado paterno de meu pai) se estabeleceram na comuna de Salerno na Província de Salerno. Os “Naddeo” (o lado materno de minha mãe) se estabeleceram na comuna de Pellezzano, também na Província de Salerno. O Naddeo depois ficou sendo Nadeo e depois Nadeu. Enquanto isso os Addeo, já no Brasil, se dividiram formando um novo filão: os “Addeu”.

O mais curioso disso tudo é que eu descendo tanto dos Addeu quanto dos Nadeu (primos de longa distância).

Hoje Nápoles é o principal centro cultural e financeiro do sul da Itália, apresentando muitas belezas naturais e monumentos ligados a seu rico passado histórico. A mais notável atração turística da cidade é o Vesúvio, vulcão em cujo sopé se encontram as ruínas de Pompéia e Herculano. Situa-se a 190 km ao sul de Roma.

Nápoles possui um dos maiores rebanhos de Búfalos do mundo onde se desenvolveu o queijo Muçarela (incorretamente se escreve: Mussarela), feito com leite de búfala, tendo a maior produção mundial dessa iguaria. Oferece cursos de produção desse queijo e criação de búfalos para o mundo todo.

Nápoles tem um importante e grande porto marítimo e um aeroporto internacional (de Capodichino) que a liga às principais cidades italianas e européias.

Por ser uma cidade grande, não escapou das conseqüências da crise do mundo moderno e por isso é considerada uma das cidades mais perigosas da Europa, por causa de sua elevada taxa de criminalidade e desemprego. Todos os anos, ocorrem centenas de mortes causa das guerras de clãs dentro da máfia local, a Camorra.

Cercada de cenários deslumbrantes e mais de 2000 toneladas de lixo acumulado nas calçadas. Alimentada por anos e anos de disputas políticas, burocracia e paralisações promovidas pela máfia local, a Camorra, que controla os serviços de limpeza urbana na região, a montanha de sacos plásticos provoca sujeira e mau cheiro por toda a parte, inclusive em volta da catedral e de outros prédios históricos.

Fontes:
http://www.pitoresco.com.br/italiana/napoles.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%A1poles
Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda
Dictionary of American Family Names, Oxford University Press, ISBN 0-19-508137-4
http://www.ancestry.com/name-origin?surname=addeo

Minhas postagens complementares deste assunto:

http://branchedorfamilia.blogspot.com.br/2012/02/o-reino-de-napoles.html
http://branchedorfamilia.blogspot.com.br/2012/04/avo-materna-de-minha-mae-e-santo-andre.html

http://branchedorfamilia.blogspot.com.br/2012/07/calabria-terra-de-herois.html
http://branchedorfamilia.blogspot.com.br/2012/02/luta-contra-napoleao.html

terça-feira, 17 de julho de 2012

Calábria - terra de heróis

Sempre houve duas Itálias: a do Norte e a do Sul. Uma industrial, outra agrícola. São pessoas de origens diferentes, de dialetos diferentes, de costumes diferentes, de tradições diferentes, embora sejam todos Italianos. Meus ascendentes do lado materno vieram do norte da Itália (sobrenome Miorin), mas os do lado paterno são do sul da Itália (sobrenomes Addeo, Addeu, Naddeo e Nadeu).

Meus mais distantes parentes ancestrais do lado paterno vieram do antigo Reino de Nápoles e da Régia Calábria, segundo consta na tradição familiar. Também houve quem viesse de Florença, Milano e algumas outras cidades para se casarem com os mais do sul, segundo consta no R.P. (Registro Parrocchiale – registro da Paróquia Católica da Itália).

O sul da Itália já chegou a se chamar “Magna Grécia”, porque no início haviam muitas cidades gregas, fundadas pelos gregos, e que depois acabaram entrando em conflito com os romanos que quiseram dominar todo o sul da península. Mas mesmo assim muitos gregos permaneceram no sul da Itália. Junto com os gregos vieram também os turcos, árabes, bizantinos e mais tarde, com as guerras na Albânia, vieram os Albaneses. Vejamos um pouco dessa história maravilhosa.

A Reggio Calábria era uma cidade próspera dos gregos e, posteriormente, um aliado de Roma. Depois se tornou uma das grandes metrópoles do Império Bizantino e estava sob o domínio dos árabes, normandos, suábios, o Anjou e os aragoneses. Ela foi destruída por vários terremotos em 1562 e 1783. Tornou-se parte do Reino de Nápoles e o Reino das Duas Sicílias e depois passou para o Reino da Itália. Em 1908, sofreu a destruição de outro terremoto e do tsunami. Foi parcialmente danificada pelos bombardeios da II Guerra Mundial. Cresceu muito durante o século XX, sendo hoje em dia ponto turístico na paisagem mediterrânea.

A Calábria, ninho de antigas civilizações foi o lugar que deu o nome a toda península sendo que antigamente era chamada Itália somente a Calábria para honrar seu rei: Ítalo.

Uma terra onde convivem mar e montanha, oferecendo ao turista oportunidade de visitar lugares verdadeiramente únicos e imersos em uma cultura milenar.

O sistema montanhoso da Calábria faz parte dos Appenninos e divide-se em três partes principais tombadas com três parques nacionais: Pollino, Sila e Aspromonte.

A principal planície é a de Sibari que se abre na baía de Taranto, entre cabo Spulico e o cabo Trionfo.

No interior da Calábria estão espalhadas muitas aldeias, normalmente situadas nos cumes das colinas e rodados para as típicos cultivos mediterrâneos.

A orla da península conta com aproximadamente 800km: onde metade é banhada pelo Mar Tirreno e a outra metade pelo Mar Jônico.

O patrimônio artístico é muito rico com palácios, igrejas, castelos, zonas arqueológicas e obras de arte consideráveis como os Bronzes de Riace, as telas de Mattia Preti e o monumento Bizantino mais famoso da região, a encantadora Cattolica de Stilo.

O patrimônio artístico da região entrelaça-se com uma produção artesanal que abrange escultura de madeira, cerâmica, manufatora de ouro, de ferro forjado e pedra.

São muitas as festas populares com produtos típicos como os cogumelos, as castanhas e colheita da uva.

Enfim vale a pena recordar os pratos típicos genuíno e de grande originalidade, fruto de uma mistura de tradições diferentes que incluem aquelas das comunidades gregas e albanesas que até hoje vivem nesta região mantendo vivos o idioma e os hábitos.

Vale lembrar que a Calábria é terra de heróis, pois quando Napoleão Bonaparte derrubou o Rei de Nápoles para colocar em seu lugar o seu irmão José Bonaparte, apesar de todos os Italianos terem lutado contra esse revolucionário, foram os calabreses que fuzilaram José Bonaparte. Vide:

fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reggio_di_Calabria
http://www.portalitalia.com.br/regioes/subregioes.asp?idreg=3

sábado, 14 de julho de 2012

Itália em postais

Alguns postais da Coleção de Postais de minha irmã:




ROMA SPARITA di E. Roesler Franz (1845-1907) VIA GIULIO ROMANO - Museo di Roma






 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

sábado, 7 de julho de 2012

Padre Adailton José Miorin é homenageado


O Padre Adailton José Miorin, da Paróquia Maria Mãe da Igreja, da Arquidiocese de Campo Grande - Mato Grosso do Sul - Brasil, recebeu da Assembléia Legislativa daquele estado uma homenagem e o Título de Cidadão Mato-Grossense, no dia 13 de julho de 2010.

Parabéns ao Padre Miorin.


Mais um de nossa família que recebe homenagens.

Noticia e fotos do site da Arquidiocese de Campo Grande - Mato Grosso do Sul:

Eugênio Miorin e os Trens


“Dizem que assentaram os trilhos nos Alpes entre Viena e Veneza, antes que houvesse um trem para fazer o trajeto, mas mesmo assim, construíram. Eles sabiam que um dia o trem chegaria.”

Jamais escondi minha admiração pelos trens. Não só pelos trens, mas pelas pitorescas estações de trens que hão no interior da cidade de São Paulo. Já utilizei vários tipos de trens, desde os mais simples até os modernos, no Brasil e no exterior. Os trens muito antigos têm o piso de assoalho de madeira pesada (estão para exposição). 

Algumas máquinas movidas a vapor, ainda funcionam. Os trens modernos atingem uma velocidade muito grande. Um trajeto de Verona até Roma pode levar de três até sete horas, depende do tipo de trem escolhido. Ainda há nesses trens os locais de primeira classe e de segunda classe e os preços variam muito. Em toda a Europa os trens são muito utilizados. O trem que utilizei para cruzar a Itália de Norte a Sul, tinha serviço de lanches a bordo, um vagão lanchonete, fones de ouvido nos bancos estofados e confortáveis (com controle para  escolher a estação de rádio que você quiser ouvir) e ainda tela para vídeo se preferir assistir um filme. O que mais me interessou foi a janela do trem, por onde eu via atentamente a terra dos meus bisavós.

Onde há um museu de trem, lá estou eu. Encontrei muitas raridades históricas. E junto com os trens vinham as histórias pelas quais sempre me interessei. Porém os trens que eu mais gostei foram os trens de longo percurso, onde há vagões restaurantes, vagões dormitórios, vagões salas de jogos, e os vagões normais. Os trens à vapor são magníficos. 

Conheci a maravilhosa história da “São Paulo Raiway Company”, cujos trens exploravam o tráfego entre Santos e Jundiaí (Estado de São Paulo). Conheci muitos trens a vapor, que são conhecidos como “Maria Fumaça” na região de Paranapiacaba, no ponto mais alto da Serra do Mar do Estado de São Paulo, onde está instalada, entre as montanhas e neblinas, uma cidade tipicamente inglesa, com até uma réplica em tamanho menor do Big-Ben inglês. Muita gente pensa que Big Ben é o nome da torre ou do relógio famoso que há na Inglaterra, mas não é isso. Big Ben é o nome do sino que tem na torre e que pesa 13 toneladas.

Um dia, sentado na escada da casa onde eu morava, de frente para o quintal onde havia muitas árvores, plantas e vários pequenos animais de estimação, meu avô materno, Eugênio Miorin (filho dos imigrantes Antonio Miorin e Ângela Doratiotto), calmamente, como era sempre do seu feitio, sentou-se ao meu lado e pegou seu cigarro de palha para fumar.

Eu era uma criança que ainda não tinha nem os dez anos de idade. Olhei para ele e observei seus os olhos verdes escuros olhando ao longe. Foi então que ele me falou: “Quando chegamos aqui na capital de São Paulo, por um curto espaço de tempo, trabalhei na construção de linhas de trens. O trabalho era muito penoso e o chefe gritava muito para que trabalhássemos sem parar, não dava para agüentar. Depois disso, consegui emprego na Companhia de Gás e então o serviço era bem mais leve.” Ele me contava isso e seu olhar ia longe como se esses fatos estivessem passando diante de seus olhos. Isso fazia com que sua narrativa tivesse um sabor de realidade muito profundo.

Ainda criança, gostava de andar na companhia de meu avô. Ele sabendo que criança gosta de brincar, pegou duas pequenas sacolas e me chamou para ir junto dele até a linha de trem que havia perto da nossa casa. Nessas caminhadas ele me contava muitas histórias da nossa família. Eu ouvia e guardava tudo isso comigo, sem saber que muitos anos mais tarde eu teria que me lembrar das narrativas para escrever a história de minha família. Bem próximo dos trilhos havia muito capim, que ele me ensinou a cortar e colocar na sacola. Ele fazia isso para me agradar. Depois de ter conseguido um tanto razoável de capim, voltávamos para casa para dar de comer aos coelhos.

Imaginem, se eu não gostava disso!!! Que criança não se divertiria vendo os coelhos comendo aquele capim verdinho que havíamos trazido para eles.

Devo registrar ainda, que um dos brinquedos que eu mais gostava, ganhei de meus pais no natal, na minha mais jovem infância: Uma caixa muito grande, onde havia uma miniatura de um trem, com vários vagões fechados e abertos, de várias formas e tamanhos, e ainda um conjunto de trilhos que se encaixavam formando um trajeto ferroviário com curvas e retas.

A miniatura, que funcionava com pilhas, era muito bem feita e maravilhava as crianças e os adultos. Anos mais tarde, olhando em galerias do centro de São Paulo,  encontrei réplicas em miniaturas de trens e vagões espetaculares do mundo todo, mas estes já não eram para crianças, e sim para adultos colecionadores, e eram muito caros.

As fotos que estão nesta postagem fazem parte de minha coleção de cartões telefônicos históricos. As empresas telefônicas que venderam esses cartões são: Sistema Telebrás e CTBC.

Recomendo que assistam esse pequeno vídeo:

http://www.youtube.com/watch_popup?v=6VAuPPufNro

Garanto que vão gostar muito.